Selected Sonnets: A Bilingual Edition (2008), ed. William Baer, p. 70
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Works
Rhythmas de Lvis de Camoes
Luís de CamõesOs Lusíadas
Luís de CamõesFamous Luís de Camões Quotes
Já me desenganei que de queixar-me
não se alcança remédio; mas, quem pena,
forçado lhe é gritar, se a dor é grande.
Gritarei; mas é débil e pequena
a voz para poder desabafar-me,
porque nem com gritar a dor se abrande.
"Vinde cá, meu tão certo secretário", trans. by Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 297
Lyric poetry, Hymns (canções)
Veja agora o juízo curioso
Quanto no rico, assim como no pobre,
Pode o vil interesse e sede inimiga
Do dinheiro, que a tudo nos obriga.
Stanza 96, lines 5–8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto VIII
Nem me falta na vida honesto estudo,
Com longa experiência misturado,
Nem engenho, que aqui vereis presente,
Cousas que juntas se acham raramente.
Stanza 154, lines 5–8 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Dũa austera, apagada e vil tristeza.
Stanza 145 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Stanza 60, lines 1–4 (tr. William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
Luís de Camões Quotes about love
[Ah o amor...] que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Poets of Portugal (2006), p. 141
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças
Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.
Selected Sonnets: A Bilingual Edition (2008), ed. William Baer, p. 128
Lyric poetry, Sonnets, Eu cantarei de amor tão docemente
Quem vê, Senhora, claro e manifesto
o lindo ser de vossos olhos belos,
se não perder a vista só em vê-los,
já não paga o que deve a vosso gesto.
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Quem vê, Senhora, claro e manifesto
“That more would he serve, if life
Were not so short for love so long.”
Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida.
tr. Norwood Andrews
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Sete anos de pastor Jacob servia
<p>Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!</p><p>Como já pera sempre te apartaste
De quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?</p><p>Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consentiste!</p><p>Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver triste?</p>
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
“Once you experience love, I'm persuaded
you'll know what I'm on about in my verses.”
Sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
As translated by Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 25
Lyric poetry, Sonnets, Enquanto quis Fortuna que tivesse
Luís de Camões Quotes about life
Ó Rei subido,
Aventurar-me a ferro, a fogo, a neve
É tão pouco por vós, que mais me pena
Ser esta vida cousa tão pequena.
Stanza 79, lines 5–8 (tr. Thomas Moore Musgrave)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
“O piteous lot of man's uncertain state!
What woes on Life's unhappy journey wait!”
Ó grandes e gravíssimos perigos!
Ó caminho de vida nunca certo!
Stanza 105, lines 1–2 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Stanza 99 (tr. William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
Stanza 106, lines 5–8 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Foge-me pouco a pouco a curta vida
(se por caso é verdade que inda vivo);
vai-se-me o breve tempo d'ante os olhos;
choro pelo passado e quando falo,
se me passam os dias passo e passo,
vai-se-me, enfim, a idade e fica a pena.
"Foge-me pouco a pouco a curta vida" http://www.poetryinternationalweb.net/pi/site/poem/item/8451, tr. Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 330
Lyric poetry, Sestina
Vão os anos decendo, e já do Estio
Há pouco que passar até o Outono;
A Fortuna me faz o engenho frio,
Do qual já não me jacto nem me abono;
Os desgostos me vão levando ao rio
Do negro esquecimento e eterno sono...
Stanza 9, lines 1–6 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Luís de Camões: Trending quotes
“Love is a fire that burns unseen”
Rimas, Sonnet 81 (as translated by Richard Zenith)<!-- http://portugal.poetryinternationalweb.org/piw_cms/cms/cms_module/index.php?obj_id=8436-->
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Amor é fogo que arde sem se ver
Context: Love is a fire that burns unseen,
A wound that aches yet isn't felt,
An always discontent contentment,
A pain that rages without hurting,A longing for nothing but to long,
A loneliness in the midst of people,
A never feeling pleased when pleased,
A passion that gains when lost in thought.It's being enslaved of your own free will;
It's counting your defeat a victory;
It's staying loyal to your killer.But if it's so self-contradictory,
How can Love, when Love chooses,
Bring human hearts into sympathy?
“O glory of commanding! O vain thirst
Of that same empty nothing we call fame!”
Stanzas 94–95 (tr. Richard Fanshawe); the Old Man of Restelo.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
Context: But an old man of venerable look
(Standing upon the shore amongst the crowds)
His eyes fixed upon us (on ship-board), shook
His head three times, overcast with sorrow's clouds:
And (straining his voice more, than well could brook
His aged lungs: it rattled in our shrouds)
Out of a science, practice did attest,
Let fly these words from an oraculous breast:O glory of commanding! O vain thirst
Of that same empty nothing we call fame!
“For, though in science much contained be,
In special cases practice more doth see.”
Stanza 152 (tr. Richard Fanshawe); the poet advising King Sebastian of Portugal, then eighteen years of age.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Context: Great Sir, let never the astonished Gall
The English, German, and Italian,
Have cause to say, the fainting Portugal
Could not advance the great work he began.
Let your advisers be experienced all,
Such as have seen the world, and studied man.
For, though in science much contained be,
In special cases practice more doth see.
Luís de Camões Quotes
(anonymous translation)
Meek spirit, who so early didst depart,
Thou art at rest in Heaven! I linger here,
And feed the lonely anguish of my heart;
Thinking of all that made existence dear.
(tr. Robert Southey)
My gentle spirit! thou who hast departed
So early, of this life in discontent,
Rest thou there ever, in Heaven's firmament,
While I live here on earth all broken-hearted.
tr. John James Aubertin, in Seventy Sonnets of Camoens (1881), p. 17
Dear gentle soul, you that departed
this life so soon and reluctantly,
rest in heaven eternally
while I remain here, broken-hearted.
tr. Langed White, in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 357
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Alma Minha Gentil, que te Partiste
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Transforma-se o amador na cousa amada
“Since it gives me so much bliss
to give you everything I can
The more I pay you, the more I owe.”
Quoted by Elizabeth Bishop in the dedication of Questions of Travel (1965) to Lota de Macedo Soares, her Brazilian lover.
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Quem vê, Senhora, claro e manifesto
“Better deserve them, and to go without;
Than have them undeserved”
Stanza 93, lines 5–8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IX
Context: For these vain honours, this false gold, give price
(Unless he have it in himself) to none,
Better deserve them, and to go without;
Than have them undeserved, without doubt.
“I spoke, when rising through the darkened air,
Appalled, we saw a hideous phantom glare”
Stanzas 39–40 (tr. William Julius Mickle); description of Adamastor, the "Spirit of the Cape".
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
Context: I spoke, when rising through the darkened air,
Appalled, we saw a hideous phantom glare;
High and enormous over the flood he towered,
And thwart our way with sullen aspect lowered.
An earthy paleness over his cheeks was spread,
Erect uprose his hairs of withered red;
Writhing to speak, his sable lips disclose,
Sharp and disjoined, his gnashing teeth's blue rows;
His haggard beard flowed quivering on the wind,
Revenge and horror in his mien combined;
His clouded front, by withering lightnings scared,
The inward anguish of his soul declared.
His red eyes, glowing from their dusky caves,
Shot livid fires: far echoing over the waves
His voice resounded, as the caverned shore
With hollow groan repeats the tempest's roar.
Cold gliding horrors thrilled each hero's breast,
Our bristling hair and tottering knees confessed
Wild dread, the while with visage ghastly wan,
His black lips trembling, thus the fiend began...
Stanza 83 (tr. Richard Fanshawe)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IX
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
Stanza 1 (as translated by William Julius Mickle, 1776)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Sem vergonha o não digo, que a razão
De algum não ser por versos excelente,
É não se ver prezado o verso e rima,
Porque quem não sabe arte, não na estima.
Stanza 97, lines 5–8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
“O foul disgrace, of knighthood lasting stain,
By men of arms a helpless lady slain!”
Contra uma dama, ó peitos carniceiros,
Feros vos amostrais, e cavaleiros?
Stanza 130, lines 7–8 (tr. William Julius Mickle); the death of Inês de Castro.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
<p>Perdigão perdeu a pena
Não há mal que lhe não venha.</p><p>Perdigão que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.</p><p>Quis voar a üa alta torre,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.</p>
"Perdigão que o pensamento", tr. Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 251
Listen to the poem in Portuguese https://www.youtube.com/watch?v=5P4_2W-ZwV8&feature=youtu.be&t=10m31s
Lyric poetry, Songs (redondilhas)
“To be a lion among sheep, 'tis poor.”
É fraqueza entre ovelhas ser leão.
Stanza 68, line 8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloco e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham enveja às de Hipocrene.
Stanza 5 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
As derradeiras palavras que na náu disse foram as de Scipião Africano: Ingrata patria, non possidebis ossa mea!
Letter written from India (1553) to a friend at Lisbon, as quoted in Poems, from the Portuguese of Luis de Camoens (1808) by Percy Smythe, pp. 16–17
Letters
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Transforma-se o amador na cousa amada
Assim como a bonina, que cortada
Antes do tempo foi, cândida e bela,
Sendo das mãos lascivas maltratada
Da menina que a trouxe na capela,
O cheiro traz perdido e a cor murchada:
Tal está morta a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas, e perdida
A branca e viva cor, co'a doce vida.
Stanza 134 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
"Esparsa ao Desconcerto do Mundo", translation from Luís de Camões and the Epic of the Lusiads (1962) by Henry Hersch Hart, p. 111
Lyric poetry, Songs (redondilhas)
“This is my happy land, my home, my pride.”
Esta é a ditosa pátria minha amada.
Stanza 21, line 1 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.
The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), trans. Landeg White, p. 25
Lyric poetry, Sonnets, Eu cantarei de amor tão docemente
Quão doce é o louvor e a justa glória
Dos próprios feitos, quando são soados!
Qualquer nobre trabalha que em memória
Vença ou iguale os grandes já passados.
As invejas da ilustre e alheia história
Fazem mil vezes feitos sublimados.
Quem valerosas obras exercita,
Louvor alheio muito o esperta e incita.
Stanza 92 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
“Cease all, whose actions ancient bards expressed:
A brighter valour rises in the West.”
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Stanza 3, lines 7–8 (tr. Richard Fanshawe). Compare:
Cedite Romani scriptores, cedite Grai!
Nescioquid maius nascitur Iliade.
Make way, you Roman writers, make way, Greeks!
Something greater than the Iliad is born.
Sextus Propertius, Elegies, II, xxxiv, 65–66
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
“My song shall spread where ever there are men,
If wit and art will so much guide my pen.”
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Stanza 2, lines 7–8 (tr. Richard Fanshawe, 1655)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Aquela triste e leda madrugada,
Cheia toda de mágoa e de piedade,
Enquanto houver no mundo saudade,
Quero que seja sempre celebrada.
tr. David Wevill
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Aquela triste e leda madrugada
“For serving thee an arm to arms addressed;
for singing thee a soul the Muses raise.”
Pera servir-vos, braço às armas feito,
Pera cantar-vos, mente às Musas dada.
Stanza 155, line 1–2 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Quem ouviu dizer que em tão pequeno teatro como o de um pobre leito, quizesse a fortuna representar tão grandes desventuras? E eu, como se elas não bastassem, me ponho ainda da sua parte; porque procurar resistir a tantos males pareceria espécie de desavergonhamento.
Letter "written a little before his death", as quoted in The Lusiad; Or, The Discovery of India: An Epic Poem (1776) by William Julius Mickle, p. cxvi
Letters
Vistes que, com grandíssima ousadia,
Foram já cometer o Céu supremo;
Vistes aquela insana fantasia
De tentarem o mar com vela e remo;
Vistes, e ainda vemos cada dia,
Soberbas e insolências tais, que temo
Que do Mar e do Céu, em poucos anos,
Venham Deuses a ser, e nós, humanos.
Stanza 29 (tr. Richard Fanshawe); council of the sea gods.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto VI
O caso triste, e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha.
Stanza 118, lines 5–8 (tr. Ezra Pound); of Inês de Castro.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
“My pen in this, my sword in that hand hold.”
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena.
Stanza 79, line 8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto VII
Nem eu delicadezas vou cantando
Co'o gosto do louvor, mas explicando
Puras verdades já por mim passadas.
Oxalá foram fábulas sonhadas!
"Vinde cá, meu tão certo secretário", trans. by Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 303
Lyric poetry, Hymns (canções)
Stanza 56 (tr. Richard Fanshawe); spoken by Adamastor.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
“A soft king makes a valiant people soft.”
Um fraco Rei faz fraca a forte gente.
Stanza 138, line 8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Quem faz injúria vil e sem razão,
Com forças e poder em que está posto,
Não vence; que a vitória verdadeira
É saber ter justiça nua e inteira.
Stanza 58, lines 5–8 (tr. Joaquim Nabuco)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
“My sins, my wild loves, and Fate herself
have all conspired against me.”
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram.
Selected Sonnets: A Bilingual Edition (2008), ed. William Baer, p. 99
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Erros meus, má fortuna, amor ardente
Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.
Letter to Don Francisco de Almeyda, 1579; written after "the disaster of Alcácer-Kebir when the mad King Sebastião's mammoth invasion of Morocco ended in his death and the destruction or enslavement of all but one hundred of his army of over 20,000. [Camões] died on 10 June 1580, just before the throne passed to Philip II of Spain", as reported by Landeg White in The Lusiads (Oxford World's Classics, 2001), p. x; quoted as Camões' last words in The Yale Literary Magazine, Vol. VIII (January, 1843), No. 3, "Luis de Camoëns", p. 115.
Letters
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia o pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
tr. Landeg White
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Sete anos de pastor Jacob servia
Stanza 87, lines 5–8 (as translated by William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
“The moon, full orbed, forsakes her watery cave,
And lifts her lovely head above the wave…”
Da Lua os claros raios rutilavam...
Stanza 58 line 1 (as translated by William Julius Mickle). Compare:
As when the moon, refulgent lamp of night,
Over heaven's clear azure spreads her sacred light...
Homer, The Iliad, VIII. 551–555 (tr. Alexander Pope)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa.
Stanza 20, lines 1–3 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
“They now went sailing in the ocean vast…”
Já no largo Oceano navegavam...
Stanza 19, line 1 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Tu só, tu, puro Amor...
Stanza 119, line 1 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Ela viu as palavras magoadas,
Que puderam tornar o fogo frio,
E dar descanso as almas condenadas.
tr. David Wevill
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Aquela triste e leda madrugada
“Just like Love is yonder rose.”
Com Amor a rosa,
Que tão fresca, &c.
Rondeau http://books.google.pt/books?id=OcADAAAAQAAJ&pg=PA47&dq=%22Just+like+Love+is+yonder+rose%22&hl=pt-PT&sa=X&ei=WYM1VJ7IF6W07QblrIGACA&ved=0CDUQ6AEwAzg8#v=onepage&q=%22Just%20like%20Love%20is%20yonder%20rose%22&f=false in Poems, from the Portuguese of Luis de Camoens (1803) by Percy Smythe, 6th Viscount Strangford, p. 47; original source unclear.
Attributed
“No star from above
nor flower in the field
seems to me as fair
as the one I love.”
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
"Aquela cativa" (trans. Richard Zenith)
Lyric poetry, Songs (redondilhas)
Quem poderá do mal aparelhado
Livrar-se sem perigo sabiamente,
Se lá de cima a Guarda soberana
Não acudir à fraca força humana?
Stanza 30, lines 5–8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto II
Richard Zenith, Sonnets and Other Poems (2009)
Lyric poetry, Sonnets, Enquanto quis Fortuna que tivesse
Fico que em todo o mundo de vós cante,
De sorte que Alexandro em vós se veja,
Sem à dita de Aquiles ter enveja.
Stanza 156, line 6–8 (tr. William Julius Mickle); hear the last lines https://www.youtube.com/watch?v=YHwqw1Fbcoc&feature=youtu.be&t=6m5s [in Portuguese]
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Original: (pt) Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa.
Stanza 20, lines 1–3 (tr. William Julius Mickle)
Stanzas 94–95 (tr. Richard Fanshawe); the Old Man of Restelo.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
Original: (pt) <p>Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:</p><p>Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!</p>O glory of commanding! O vain thirst
Of that same empty nothing we call fame!
Rimas, Sonnet 81 (as translated by Richard Zenith)
Listen to the poem in Portuguese https://www.youtube.com/watch?v=4ToldDy8izc&feature=youtu.be&t=33s
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Amor é fogo que arde sem se ver
Original: (pt) <p> Amor é um fogo qu'arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente,
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.</p><p>É um não querer mais que bem querer,
É um andar solitário entre a gente,
É nunca contentar-se de contente,
É um cuidar que ganha em se perder.</p><p>É querer estar preso por vontade,
É servir a quem vence o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade.</p><p>Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?</p>