“Everything was asleep as if the universe was a mistake.”
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Original: Dormia tudo como se o universo fosse um erro.
“Everything was asleep as if the universe was a mistake.”
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Original: Dormia tudo como se o universo fosse um erro.
Ibid., p. 164
The Book of Disquiet
Original: Nunca me pesou o que de trágico se passasse na China. É decoração longínqua, ainda que a sangue e peste.
“Freedom is the possibility of isolation… If you can't live alone, you were born a slave.”
A liberdade é a possibilidade do isolamento... Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
The Book of Disquietude, trans. Richard Zenith, text 283
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Trazem-me a fé como um embrulho fechado numa salva alheia. Querem que o aceite para que não o abra.
“I believe that saying a thing is to keep its virtues and take away its terror.”
Ibid., p. 55
The Book of Disquiet
Original: Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror.
“Thing thrown to a corner, rag fallen on the road, my ignoble being feigns itself in front of life.”
Ibid., p. 64
The Book of Disquiet
Original: Coisa arrojada a um canto, trapo caído na estrada, meu ser ignóbil ante a vida finge-se.
“My curiosity sister of larks.”
Ibid., p. 219
The Book of Disquiet
Original: A minha curiosidade irmã das cotovias
<p>A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.</p><p>A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.</p>
"A morte é a curva da estrada" (23 May 1932), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
Ibid., p. 98
The Book of Disquiet
Original: Há sensações que são sonos, que ocupam como uma névoa toda a extensão do espírito, que não deixam pensar, que não deixam agir, que não deixam claramente ser.
“Metaphysics is a consequence of not feeling very well.”
A metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Tabacaria (1928), trans. Richard Zenith
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
"Autopsicografia" ["Autopsychography"], in Presença, No. 36 (November 1932)
Fernando Pessoa's most translated poem.
Richard Zenith's translation:
The poet is a faker
Who's so good at his act
He even fakes the pain
Of pain he feels in fact.
Os Grandes Trechos, s/n. Translated from the Portuguese Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006
The Book of Disquiet
Original: E então vem-me o desejo transbordante, absurdo, de uma espécie de satanismo que precedeu Satã, de que um dia [...] se encontre uma fuga para fora de Deus e o mais profundo de nós deixe, não sei como, de fazer parte do ser ou do não ser.
A Factless Autobiography, number 424, trans. Richard Zenith, Penguin Classics edition
The Book of Disquiet
Ibid., p. 9
The Education of the Stoic
“Wasting time has an esthetics to it.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Perder tempo comporta uma estética
“Knowing not to have illusions is absolutely necessary in order to have dreams.”
Ibid., p. 276
The Book of Disquiet
Original: Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: A ideia de uma obrigação social qualquer [...] só essa ideia me estorva os pensamentos de um dia, e às vezes é desde a mesma véspera que me preocupo, e durmo mal, e o caso real, quando se dá, é absolutamente insignificante, não justifica nada; e o caso repete-se e eu não aprendo a aprender.
“Action men are the unvoluntary slaves of wise men.”
Ibid.
The Book of Disquiet
“God wills, man dreams, the work is born.”
Poem "O Infante", verse 1.
Message
Original: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
“If we knew the truth, we'd see it; all else is system and outskirts.”
Ibid., p. 106
The Book of Disquiet
Original: Se conhecêssemos a verdade, vê-la-íamos; tudo o mais é sistema e arrabaldes.