Fernando Pessoa: Quotes about life (page 2)
Fernando Pessoa was Portuguese poet, writer, literary critic, translator, publisher and philosopher. Explore interesting quotes on life.“Give me some more wine, because life is nothing.”
Source: Poems of Fernando Pessoa
“My life is as if you've hit me with it.”
Ibid., p. 101
The Book of Disquiet
Original: A minha vida é como se me batessem com ela.
Ibid., p. 100
The Book of Disquiet
Original: Entre mim e a vida há um vidro ténue. por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
Ibid., p. 250
The Book of Disquiet
Original: Se eu tivesse escrito o Rei Lear, levaria com remorsos toda a minha vida de depois. Porque essa obra é tão grande, que enormes avultam os seus defeitos, os seus monstruosos defeitos, as coisas até mínimas que estão entre certas cenas e a perfeição possível delas. Não é o sol com manchas; é uma estátua grega partida.
"A Factless Autobiography", number 3, tr. by Richard Zenith
The Book of Disquiet
“Common man, no matter how hard life is to him, at least has the fortune of not thinking it.”
Ibid., p. 181
The Book of Disquiet
Original: O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar.
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos)
.....
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Ricardo Reis (heteronym), ode translated by Peter Rickard.
Ibid., p. 279
The Book of Disquiet
Original: Porque é bela a arte? Porque é inútil. Porque é feia a vida? Porque é toda fins e propósitos e intenções.
“What is art but the denial of life?”
Ibid., p. 174
The Book of Disquiet
Original: Que é a arte senão a negação da vida?
“That's not my love; that's just your life.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Isso não é o meu amor; é apenas a sua vida.
“The consciousness of life's unconsciousness is intelligence's oldest tax.”
Ibid., p. 91
The Book of Disquiet
Original: A consciência da insonsciência da vida é o mais antigo imposto à inteligência.
Ibid., p. 267
The Book of Disquiet
Original: Por enquanto, visto que vivemos em sociedade, o único dver dos superiores é reduzirem ao mínimo a sua participação na vida da tribo. Não ler jornais, ou lê-los só para saber o que de pouco importante ou curioso se passa.
[...] O supremo estado honroso para um homem superior é não saber quem é o chefe de Estado do seu país, ou se vive sob monarquia ou sob república.
Toda a sua atitude deve ser colocar-se a alma de modo que a passagem das coisas, dos acontecimentos não o incomode. Se o não fizer terá que se interessar pelos outros, para cuidar de si próprio.
“Life is a thread that someone entangled.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: A vida é um novelo que alguém emaranhou.
Ibid., p. 121
The Book of Disquiet
Original: O império supremo é o do Imperador que abdica de toda a vida normal, dos outros homens, em quem o cuidado da supremacia não pesa como um fardo de jóias.
Ibid., p. 13
The Education of the Stoic
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Álvaro de Campos (heteronym), "A Frescura" (1929), in Fernando Pessoa & Co: Selected Poems, trans. Richard Zenith (Grove Press, 1998)
Ibid., p. 173
The Book of Disquiet
Original: Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio: a incapacidade de pensar, a amoralidade e a hiperexcitação.