Os sentimentos que mais doem, as emoções que mais pungem, são os que são absurdos – a ânsia de coisas impossíveis, precisamente porque são impossíveis, a saudade do que nunca houve, o desejo do que poderia ter sido, a mágoa de não ser outro, a insatisfação da existência do mundo. Todos estes meios tons da consciencia da alma criam em nós uma paisagem dolorida, um eterno sol-pôr do que somos.
The Book of Disquietude, trans. Richard Zenith, text 196
Fernando Pessoa: Feel
Fernando Pessoa was Portuguese poet, writer, literary critic, translator, publisher and philosopher. Explore interesting quotes on feel.Source: The Book of Disquiet
“I feel as if I'm always on the verge of waking up.”
Source: The Book of Disquiet
“I don't know what I feel or what I want to feel. I don't know what to think or what I am.”
Source: The Book of Disquiet
“And, like the great damned souls, I shall always feel that thinking is worth more than living.”
Source: The Book of Disquiet
“…to know how to think with emotions and to feel with intellect…”
Source: The Book of Disquiet
“The chill of what I won't feel gnaws at my present heart.”
Source: The Book of Disquiet
“Clear in thinking, and clear in feeling,
and clear in wanting”
Poem "D. Pedro", verses 1-2
Message
Original: Claro em pensar, e claro no sentir,
e claro no querer
"A Factless Autobiography", number 3, tr. by Richard Zenith
The Book of Disquiet
Ibid., p. 258
The Book of Disquiet
Original: O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.
“Who am I to myself? Just a feeling of mine.”
Ibid., p. 156
The Book of Disquiet
Original: Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha.
Ibid., p. 93
The Book of Disquiet
Original: Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de inconguência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento.
<p>À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.</p><p>Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!</p>
Álvaro de Campos (heteronym), Ode Triunfal ["Triumphal Ode"] (1914), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)