Ibid., p. 89
The Book of Disquiet
Original: A civilização consiste em dar a qualquer coisa um nome que lhe não compete, e depois sonhar sobre o resultado. E realmente o nome falso e o sonho verdadeiro criam uma nova realidade. O objecto torna-se realmente outro, porque o tornámos outro. Manufacturamos realidades.
Fernando Pessoa: Trending quotes (page 9)
Fernando Pessoa trending quotes. Read the latest quotes in collection“Strength without agility is a mere mass.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: A força sem a destreza é uma simples massa.
Ibid., p. 375
The Book of Disquiet
Original: Em qualquer espírito, que não seja disforme, existe a crença em Deus. Em qualquer espírito, que não seja disforme, não existe crença em um Deus definido.
Ibid., p. 100
The Book of Disquiet
Original: Entre mim e a vida há um vidro ténue. por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
“My life is as if you've hit me with it.”
Ibid., p. 101
The Book of Disquiet
Original: A minha vida é como se me batessem com ela.
Ibid., p. 182
The Book of Disquiet
Original: Penso as vezes, com um deleite triste, que se um dia, num futuro a que eu já não pertença, estas frases, que escrevo, durarem com louvor, eu terei enfim a gente que me "compreenda", os meus, a família verdadeiro para nela nascer e ser amado. [...] Serei compreendido só em efígie, quando a afeição já não compense a quem morreu a só desafeição que houve, quando vivo.
“To pretend is to know oneself.”
Fingir é conhecer-se.
Álvaro de Campos (heteronym), in Presença no. 5 (1927)
“Clear in thinking, and clear in feeling,
and clear in wanting”
Poem "D. Pedro", verses 1-2
Message
Original: Claro em pensar, e claro no sentir,
e claro no querer
Ibid., p. 371
The Book of Disquiet
Original: O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como a de não poder fitar os seus próprios olhos.
Ibid., p. 328
The Book of Disquiet
Original: Não há felicidade senão com conhecimento. Mas o conhecimento da felicidade é infeliz; porque conhecer-se feliz é conhecer-se passando pela felicidade, e tendo, logo já, que deixá-la atrás. Saber é matar, na felicidade como em tudo. Não saber, porém, é não existir.
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: O tédio é a falta de uma mitologia. A quem não tem crenças, até a dúvida é impossível, até o cepticismo não tem força para desconfiar.
“We become sphynxes, though fake, up to the point we no longer know who we are.”
Ibid., p. 52
The Book of Disquiet
Original: Tornamo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de não sabermos quem somos.
“It is noble to be shy, illustrious not to know how to act, great not to have a gift for living.”
Ibid., p. 86
The Book of Disquiet
Original: É nobre ser tímido, ilustre não saber agir, grande não ter jeito para viver.
Source: The Book of Disquiet
“Solitude desolates me; company oppresses me.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: A solidão desola-me; a companhia oprime-me.
“And let our despite go to those who work and fight and our hate to those who hope and trust.”
Ibid., p. 248
The Book of Disquiet
Original: E seja o nosso desprezo para os que trabalham e lutam e o nosso ódio para os que esperam e confiam.
“Could it think, the heart would stop beating.”
O coração, se pudesse pensar, pararia.
Source: The Book of Disquietude ["Livro do Desassossego"], by Bernardo Soares (Pessoa's semi-heteronym), translated by Richard Zenith (1996), text 1
“The chill of what I won't feel gnaws at my present heart.”
Source: The Book of Disquiet