“Myth is the nothing that is everything.”
Poem "Ulisses", verse 1
Message
Original: O mito é o nada que é tudo.
“Myth is the nothing that is everything.”
Poem "Ulisses", verse 1
Message
Original: O mito é o nada que é tudo.
“The slope takes you to the windmill, but effort takes you nowhere.”
Ibid., p. 171
The Book of Disquiet
Original: A ladeira leva ao moinho, mas o esforço não leva a nada.
<p>Original: E a suprema glória disto tudo, meu amor, é pensar que talvez isto não seja verdade, nem eu o creia verdadeiro.</p><p>E quando a mentira comece a dar-nos prazer, falemos a verdade para lhe mentirmos.</p>
Ibid., p. 280
The Book of Disquiet
“I'm a man for whom the outside world is an inner reality.”
Ibid., p. 376
The Book of Disquiet
Original: Sou um homem para quem o mundo exterior é uma realidade interior.
“The sea with an end can be Greek or Roman:
the endless sea is Portuguese.”
Poem "Padrão", Versos 11-12
Message
Original: O mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
"A Factless Autobiography", number 3, tr. by Richard Zenith
The Book of Disquiet
“Deceiving himself well is the first quality of the statesman.”
Ibid., p. 241
The Book of Disquiet
Original: Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista.
“Be plural, like the universe!”
Sê plural como o universo!
Páginas Íntimas e de Auto Interpretação (published posthumously, 1966)
English note by the hand of the poet in the same paper sheet: Your poems are of interest to mankind; your liver isn't. Drink till you write well and feel sick. Bless your poems and be damned to you.
Ibid., p. 229
The Book of Disquiet
Original: Se um homem escreve bem só quando está bêbado dir-lhe-ei: embebede-se- E se ele me disser que o seu fígado sofre com isso, respondo: o que é o seu fígado? É uma coisa morta que vive enquanto você vive, e os poemas que escrever vivem sem enquanto.
“These are Fortunate Islands,
These are lands without a place”
Poem "As Ilhas Afortunadas", verses 11-12
Message
Original: São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar
Ibid., p. 77
The Book of Disquiet
Original: O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que ´desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.
“Sailing is necessary, living is not necessary.”
Ibid., pp. 133, 262
This has been attributed to Pessoa. Indeed, it is from Plutarch's "Parallel Lives", about Pompeus, when demanding that soldiers board the ships, when they were afraid of dying at sea.
The Book of Disquiet
Original: Navegar é preciso, viver não é preciso.
“There's no regret more painful than the regret of things that never were.”
Ibid., p. 111
The Book of Disquiet
Original: Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!
“Faithful to the word given and the idea had.
All else is up to God!”
Poem "D. Pedro", verses 11-12
Message
Original: Fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo o mais é com Deus!
O único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as coisas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:—
As coisas não têm significação: têm existência.
As coisas são o único sentido oculto das coisas.
Alberto Caeiro (heteronym), O Guardador de Rebanhos ("The Keeper of Sheep"), XXXIX, trans. Richard Zenith.
Ibid., p. 413<ǃ--Assírio & Alvim, 2008-->
As quoted in Os Grandes Trechos, Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006, p. 413
The Book of Disquiet
Original: Ter opiniões definidas e certas, instintos, paixões e carácter fixo e conhecido — tudo isto monta ao horror de tornar a nossa alma num facto, de a materializar e tornar exterior.
“The train slows down, it's the Cais do Sodré. I arrived to Lisbon, but not to a conclusion.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: O comboio abranda, é o Cais do Sodré. Cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão.
“Every man who deserves to be famous knows it is not worth the trouble.”
Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê-lo.
A Celebridade (1915)
Ibid., p. 250
The Book of Disquiet
Original: Se eu tivesse escrito o Rei Lear, levaria com remorsos toda a minha vida de depois. Porque essa obra é tão grande, que enormes avultam os seus defeitos, os seus monstruosos defeitos, as coisas até mínimas que estão entre certas cenas e a perfeição possível delas. Não é o sol com manchas; é uma estátua grega partida.
Ibid., p. 88
The Book of Disquiet
Original: Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual.