Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
Stanza 106, lines 5–8 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Luís de Camões: Quotes about life
Luís de Camões was Portuguese poet. Explore interesting quotes on life.
<p>Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!</p><p>Como já pera sempre te apartaste
De quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?</p><p>Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consentiste!</p><p>Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver triste?</p>
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
“That more would he serve, if life
Were not so short for love so long.”
Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida.
tr. Norwood Andrews
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Sete anos de pastor Jacob servia
Stanza 99 (tr. William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
“O piteous lot of man's uncertain state!
What woes on Life's unhappy journey wait!”
Ó grandes e gravíssimos perigos!
Ó caminho de vida nunca certo!
Stanza 105, lines 1–2 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Ó Rei subido,
Aventurar-me a ferro, a fogo, a neve
É tão pouco por vós, que mais me pena
Ser esta vida cousa tão pequena.
Stanza 79, lines 5–8 (tr. Thomas Moore Musgrave)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
Vão os anos decendo, e já do Estio
Há pouco que passar até o Outono;
A Fortuna me faz o engenho frio,
Do qual já não me jacto nem me abono;
Os desgostos me vão levando ao rio
Do negro esquecimento e eterno sono...
Stanza 9, lines 1–6 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.
Letter to Don Francisco de Almeyda, 1579; written after "the disaster of Alcácer-Kebir when the mad King Sebastião's mammoth invasion of Morocco ended in his death and the destruction or enslavement of all but one hundred of his army of over 20,000. [Camões] died on 10 June 1580, just before the throne passed to Philip II of Spain", as reported by Landeg White in The Lusiads (Oxford World's Classics, 2001), p. x; quoted as Camões' last words in The Yale Literary Magazine, Vol. VIII (January, 1843), No. 3, "Luis de Camoëns", p. 115.
Letters
Foge-me pouco a pouco a curta vida
(se por caso é verdade que inda vivo);
vai-se-me o breve tempo d'ante os olhos;
choro pelo passado e quando falo,
se me passam os dias passo e passo,
vai-se-me, enfim, a idade e fica a pena.
"Foge-me pouco a pouco a curta vida" http://www.poetryinternationalweb.net/pi/site/poem/item/8451, tr. Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 330
Lyric poetry, Sestina